terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Capacidade para focar a atenção




Meia hora de estudo e uma pequena pausa de cinco minutinhos para um lanchinho, mais quarenta minutos de estudo e registro escrito acompanhado de um bolinho delicioso de frutas vermelhas com o saboroso cappuccino do Amor aos Pedaços, em SP. Isso é fruto da capacidade atencional focada que desenvolvi ao longo dos últimos anos.

Em lugares silenciosos, mas com movimentação, foco mais minha atenção, é incrível como rendem meus afazeres nessas situações.

Ultimamente, em meus atendimentos psicopedagógicos percebo que a falta dessa habilidade atencional acaba atrapalhando o rendimento nos estudos, principalmente dos adolescentes e pré-adolescentes. Por conta disso, muitas vezes desenvolvo sessões com estratégias de intervenção para ajudar a meninada a conseguir maior foco atencional.

A sala de aula é um lugar auditivamente agitado e também com muitos estímulos visuais, ou seja, para se concentrar na aula, no que o professor ensina e no conteúdo que os livros e apostilas possuem, torna-se essencial a capacidade de focar a atenção.

Alguns têm mais facilidade, mas para uma grande maioria esse desafio é praticamente impossível.

A dispersão, falta de atenção, desvio do foco, representam características do tão conhecido TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade).  O que precisa ficar sempre muito claro quando discutimos essa questão, é que só se configura Transtorno os casos em que a falta de foco, a dispersão e agitação causam extremo prejuízo para a vida do sujeito.

Desconcentração em alguns momentos, faz parte da vida e muitas vezes é até necessário dar uma fugida com o pensamento. Nessas escapas, quando o pensamento “flutua”, muitas vezes a ficha cai, como se diz popularmente, ou seja, precisamos desenvolver ao longo dos anos a capacidade de redirecionar a atenção para dentro de nós mesmos para assim podermos dar sentido as coisas ao nosso redor.

Podemos chamar esse movimento de atenção e desatenção como movimentos internos e externos. Nesse sentido me aproximo do que a renomada psicopedagoga argentina, Alícia Fernandez, escreveu em seu último livro, A Atenção Aprisionada: o movimento da atenção é simultaneamente interno e externo/subjetivo e objetivo, pois ao atendermos ao mundo, estamos simultaneamente atendendo aos nossos próprios pensamentos e sentimentos (Grifo meu. Livro de 2012, Editora Penso).

Estou elaborando um post futuro para este blog onde darei maior complexidade para esta questão da atenção, abordando esse tema no âmbito da vida escolar. Aguardem. Por enquanto fica a dica da importância do tema.

Quem puder ler o livro tenho certeza que poderá ser muito útil, como foi para mim. Até breve.  

Um comentário:

  1. Querida Roberta, tenho lido coisas interessantes em seu blog e uma delas é relacionada a esse problema de concentração. Sou muito grato a você por se dedicar a esse assunto tão sensível que concerne não somente tantas crianças mas, inúmeros adultos também. Eu já conhecia algumas técnicas para fazer face a esse tipo de handicap porém, você soube como nos falar dele com muito talento. Parabéns pelo seu blog!

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