sábado, 11 de fevereiro de 2012

A Psicopedagogia em destaque na Revista Veja

Hoje lanço o primeiro post nos moldes de muitos outros que ainda virão para enriquecer este blog. Escolhi o tema, A Psicopedagogia em destaque na Revista Veja, devido ao informe publicitário publicado esta semana no espaço de saúde da equipe do Hospital Israelita Albert Eisntein, na página 41.

O informe em questão proporcionou enorme satisfação porque dentre os profissionais responsáveis pela questão da dificuldade de aprendizagem - tema destacado no artigo da equipe do Einstein - o psicopedagogo está claramente evidenciado como um dos responsáveis, não só no momento da avaliação, mas também no atendimento do caso, na busca pela solução das barreiras durante o processo de aprendizagem.

Mas que maravilha! A Psicopedagogia vem se expandindo brilhantemente. A qualidade de sua abordagem nas questões do ensino e da aprendizagem ganha maior credibilidade não apenas nos ambientes escolares, mas também no meio médico, entre neurologistas e pediatras e também entre fonoaudiólogos e psicólogas.

A Associação Brasileira de Psicopedagogia cumpre relevante representatividade desde a publicação da Revista Psicopedagogia, gratuita e de fácil acesso na internet (www.abpp.com.br), como também proporciona constante atualização profissional, por meio de seus eventos científicos. Vale muito a pena se associar e ficar sempre atento.

Voltando ao artigo da semana na Revista Veja, Quando Aprender é um Sofrimento, destaco algumas considerações.

Carregar o problema do sofrimento com a aprendizagem ao longo da vida é algo cada vez menos necessário. Há poucas décadas atrás, até mesmo na minha infância, quando havia problema com notas e no rendimento escolar, de forma geral, o mais comum era os pais procurarem diretamente um professor particular.

Passado o tempo, percebe-se hoje em dia que o professor particular pode contribuir grandemente mas, o início pela busca da solução, deve certamente começar com uma avaliação psicopedagógica. Muitas famílias investem alto valor com meses e meses de aula particular e, na maioria dos casos, mesmo com essas aulas, o problema permanece.

Isso é completamente compreensível para a psicopedagogia. Quando uma criança ou adolescente apresenta alguma barreira no processo de aprendizagem, nem sempre o que se faz necessário é a questão de mais aulas para explicação do conteúdo.

O artigo da equipe do Eisntein Saúde tratou essa questão com muita sabedoria quando relatou que, se as disfunções no aprender não forem "adequadamente identificadas e tratadas, a criança pode ter seu desenvolvimento escolar, psicológico e social comprometido e, por vezes, carregar o problema ao longo da vida. Além do desempenho educacional, elas afetam a autoestima e podem, com o tempo, desencadear outros sintomas, como ansiedade, depressão agressividade ou, ainda, o bullying por parte de outras crianças".

Como é séria esta questão. Uma nota baixa, inibição em excesso na escola ou falta de motivação no processo de aprendizagem podem significar algo muito importante para toda a vida. Faz-se necessário uma avaliação psicopedagógica, pois com este tipo de investigação, busca-se descobrir a raiz do problema. Nos atendimentos psicopedagógicos procura-se encontrar a causa dos sintomas do não aprender, a sua origem.

Identificada a questão, aí sim segue-se para os acompanhamentos necessários, como, talvez, uma aula particular, ou não. Adianta iniciar uma aula particular, por exemplo, sem antes tratar o bloqueio que impede o sujeito de se envolver na construção da aprendizagem? Não, certamente que não! Determinadas questões, quando identificadas em uma avaliação psicopedagógica, contribuem com o adequado encaminhamento profissional.

Atualmente tenho recebido cada vez mais encaminhamentos dos próprios médicos, neurologistas e pediatras, pois a detecção da causa do sintoma do não aprender é uma especificidade totalmente própria da psicopedagogia. O problema da aprendizagem, suas dificuldades, transtornos e distúrbios são objeto de estudo da psicopedagogia, por isso cada vez mais os profissionais buscam o trabalho multidiscilinar incluindo o psicopedagogo quando a questão é a aprendizagem.

O psicopedagogo é o profissional de ampla visão nas questões da aprendizagem humana. O que pode parecer uma hiperatividade, na verdade, em muitos casos, se relaciona à questões dos problemas de aprendizagem com questões de vínculos dentro da sala de aula e que levam o aluno a se afastar das atividades pedagógicas.

Relações de transferência paternal e maternal com os professores é algo nada incomum, mas que poucas vezes recebe a atenção necessária. Famílias e professores são os responsáveis iniciais para que os bloqueios e dificuldades sejam identificadas. Ao psicopedagogo caberá uma avaliação sistemática, bastante cautelosa e, sempre que necessário, psicólogos, fonoaudiólogos e até mesmo os neurologistas serão os responsáveis pela continuidade do trabalho, em parceria com o psicopedagogo.

A característica multidisciplinar da psicopedagogia a torna ainda mais eficiente, pois reconhece a importância do todo neste tipo de trabalho. A psicopedagogia interliga, faz as pontes necessárias entre escola, família e outros profissionais. É dessa forma que os casos rapidamente encontram soluções e muitas melhorias são alcançadas.

Ao contrário, quando os encaminhamentos não são feitos dessa forma, o tempo para alcançar melhorias se estende em excesso e novos problemas são acumulados. À nós, profissionais da educação, cabe o olhar sistemático para identificar o quanto antes as dificuldades diante do aprender e, mais que tudo, o adequado encaminhamento.

Para continuidade deste tema e aprofundamento de estudos, envie e-mail para romlpimentel@gmail.com. Você pode se especializar neste assunto com as vídeo conversas. Caso se interesse, será um prazer receber seu e-mail.        

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